sexta-feira, 27 de março de 2009
É amanhã!!!!
Palhaços e amigos dos livros e do circo, apareçam!!!
Vamos armar um picadeiro na Praça Pio XI – Jardim Botânico – Rio de Janeiro
Sábado – 28/03 – das 10h às 13h
Betina, claaaaaaaaaaaaaaaro, estará lá!
quarta-feira, 25 de março de 2009
In natura
Sete bebês se banham em baldes com água para relaxar depois de aula de massagem para bebês ministrada para jovens mães em IJmuiden, na Holanda, nesta quarta-feira (25). O banho de relaxamento é preparado de forma que simule o ambiente do útero da mãe, dando sensação de conforto e segurança às crianças. (Foto: United Photos/Reuters)
No Globo.com de hoje.
terça-feira, 24 de março de 2009
Dica do Dia
Filhos? Melhor tê-los. Mas o que fazer para entretê-los? Baseada na experiência pessoal (como mãe de duas meninas) e profissional (como editora-chefe da revista Crescer), a jornalista Paula Perim encontrou uma centena de possíveis respostas para essa pergunta. E reuniu todas elas neste livro, um saboroso manual de dicas para a diversão em família.
Nas atividades sugeridas, a simplicidade dá o tom. Consciente de que “fazer junto” é o que mais importa, a autora dispensa idéias mirabolantes, que pressuponham grandes “produções”, gastos elevados ou tempo de sobra. Seu foco está na vida real, de pais que, não raro, dispõem apenas do fim de semana e de poucas horas nos dias úteis para desfrutar da presença dos filhos. Mas não abrem mão de fazê-lo com a maior qualidade possível.
Frida em boneca
Segundo a Wikipedia “O fato de ser um brinquedo bidimensional exige que a criança se utilize mais da imaginação do que o fazem os brinquedos tridimensionais e com detalhes mais realísticos, com acessórios prontos, que não dependem da criatividade da criança. As bonecas de papel atuam sobre a imaginação da criança como as ilustrações dos livros, estimulando-a sem dar todas as respostas, cabendo à criança completar a criação com seu imaginário próprio.”
Taí a explicação do meu amor eterno pelas bonequinhas de papel! Lembro bem da coleção que eu tinha quando era criança e, muitas vezes, desenhava minhas próprias bonecas e roupinhas.
Aqui uma idéia bacana para decorar quarto de menina: enquadrar a boneca.
Achei a idéia e o textinho no blog http://decoeuracao.blogspot.com
Imperdível!
segunda-feira, 23 de março de 2009
A Hora do Planeta
Dia 28,
Participe da Hora do Planeta, um ato simbólico, que será realizado dia 28 de março, às 20h30, no qual governos, empresas e a população de todo o mundo são convidados a apagar as luzes para demonstrar sua preocupação com o aquecimento global.
O gesto simples de apagar as luzes por sessenta minutos, possível em todos os lugares do planeta, tem como objetivo chamar para uma reflexão sobre a ameaça das mudanças climáticas.
Participe! É simples. Apague as luzes da sua sala.
Participe da Hora do Planeta, um ato simbólico, que será realizado dia 28 de março, às 20h30, no qual governos, empresas e a população de todo o mundo são convidados a apagar as luzes para demonstrar sua preocupação com o aquecimento global.
O gesto simples de apagar as luzes por sessenta minutos, possível em todos os lugares do planeta, tem como objetivo chamar para uma reflexão sobre a ameaça das mudanças climáticas.
Participe! É simples. Apague as luzes da sua sala.
Para crianças
A gente foi no show dos caras (abriram o do Radiohead) na sexta, na Apoteose. Agora olha o que eles fizeram com a Branca de Neve e os Sete Anões!
quinta-feira, 19 de março de 2009
quarta-feira, 18 de março de 2009
Amigas da Pracinha
Foto do carnaval desse ano na Pio VI
Toda hora eu posto aqui no blog fotos feitas na Pracinha Pio XI, que fica no final da nossa rua. É lá que Betina brinca todos os dias, com seus amigos de infância: Léo, Carlinhos, Bem, Carminha, Paloma, Irene, Dan, Gabriel 1,2,3 e 4... Foi lá que ela tomou os primeiros raios de sol, que aprendeu a engatinhar, que descobriu o ato de "dividir" - mesmo que a contragosto - um brinquedo. Outro dia ouvi de uma amiga pedagoga que Betina era sociável pq era "menina criada em pracinha". Ah, essa é boa!
Lá na Pio XI tem o tradional Sebinho nas Canelas, um bacana troca-troca de livros entre a molecada, tem festa junina com barraquinha e tudo e carnaval com bloco e samba-enredo! Betina, claro, nesse primeiro ano de vida, não perdeu nenhum desses eventos! Nem que fosse pra ficar olhando o movimento de dentro de seu carrinho. Agora a moça está aprendendo a andar e já comeu alguns punhados de areia da pracinha. Mês que vem irá comemorar seu primeiro ano de vida lá, é claro. Sem Xuxa, sem Kelly Key. Sem mini-pizza e animador de festa. Mas com o que a gente tem de mais precioso nessa vida: os amigos. E isso Betina tem de montão!
Queria aproveitar pra mandar aquele beijo para as super-mães que além de cuidar de suas casas, maridos, filhos e trabalhos ainda arrumam tempo pra cuidar da... pracinha!! São as "amigas da pracinha". Elas têm um site incrível com matérias, fotos, dicas e afins. Da Pio XI e de outras praças tb. Elas não são fracas não.
www.amigasdapracinha.com.br
terça-feira, 17 de março de 2009
Dica de papinha
À convite da Thaís Lazzeri, da revista Crescer, a chef Cris Maccarone, do Madame Aubergine Atelier Escola de Cozinha (SP), fez duas receitas exclusivas para o site da revista. Vale muito a pena para as mães de primeira viagem.
As receitas vc encontra no site da Crescer:
http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI64266-15149,00-O+PASSO+A+PASSO+DA+PAPINHA.html
segunda-feira, 16 de março de 2009
Quase de verdade
Quase de comer
O primeiro buquê a gente não esquece...
Olívia apronta novamente
Todo mundo sabe que tenho uma colaboradora em alto estilo pro blog. É a Flavinha, mãe da consagrada Olívia. Como adoro histórias de crianças aqui vai mais uma leva dessa figuuuuuura!
Ah... se vc tiver alguma história divertida de criança manda pra gente!
Olivia, qual é o seu nome?
Olivia Quintanilha Fernandes e Souza Feliz!!
Alguém, pergunta ao pai qual é o nome da Olivia.
- Olivia Quintanilha Fernandes e Souza
- E Feliz, Papai!
Olivia percebeu que todo mundo achava engraçado que ela dizia que o nome dela era Feliz e, para desespero do pai, passou a só responder que seu nome era Olivia Quintanilha e Feliz.
Outro dia, em casa, lendo com o pai um livrinho sobre a família Pig, o pai pergunta:
- Qual é a sua família, Olivia?
- É a família do papai, da mamãe e da Olivia.
- Isso, é a família Quintanilha Fernandes e Souza, não é esse seu nome?
- Não, é Olivia Quintanilha Feliz do Leblon.
Olivia andou de ônibus pela primeira vez. Foi sentadinha no colo, observando tudo. Percebeu que todos paravam na roleta e perguntou o que era. De repente, aponta:
- Ih, olha lá a minha letra!
- Onde?
- Lá! (apontando pro adesivo com o itinerário colado no vidro da frente do ônibus)
- Ah, é mesmo... que legal
- E que outras letras estranhas são aquelas? (apontando novamente pro adesivo, que da onde estávamos era visto pelo lado avesso)
Olivia tem um amigo preferido na escola que se chama Bernardo.
O Bernardo é a versão masculina da Olivia, meio careca, moreninho de pele com o cabelo dourado.
Todo dia de manhã o Bernardo vem recebê-la no portão.
Quando ele não aparece, ela pergunta onde ele está e vai atrás dele dizer que chegou.
Um dia em casa a mãe pergunta:
- Você gosta muito do Bernardo, filha?
- Sim
- Você brinca muito com ele?
- Sim
- Do que vocês brincam?
- Ele é um príncipe... eu sou uma princesa...
Nova música preferida da Olivia:
- AlalaôôÔÔ, mas que caloôôÔÔr! Atravessando o Deserto do Saara, o Sol estava quente e queimou a cara da Olivia!
Aliás, Olivia adorou o carnaval.
Primeiro foi ao bailinho da escola. Pediu que a fantasia fosse de princesa.
Depois, na sexta feira do fim de semana de carnaval, a mãe estava chegando em casa e tinha um bloco passando na rua. Olivia foi convidada pelos pais a descer e ver a folia.
E ela AMOU! No dia seguinte, estava em casa, tirando a soneca da tarde e acorda com o barulho de um novo bloco passando. Levanta correndo, pegando uma roupa qualquer pra vestir e gritando:
- Corre mãe! É outro Bloco! Vamos descer! Rápido!
Ainda no Carnaval, Olivia foi em mais dois bailinhos. O primeiro, era um saco, com musica histérica de festinha infantil. O segundo foi ótimo e ela ficou encantada com a bandinha tocando.
Semanas depois, estava no carro com os pais no carro e começou a tocar uma musica com corneta no rádio, que depois tinha uma batida forte. Olivia grita:
- Ih, musica de baile!!!
O pai pergunta espantado:
- Baile? Que baile? Baile funk?
Ao que ela responde:
- Não! Baile bonitinho com banda!
sábado, 14 de março de 2009
Grandes amigos
Para entreter
sexta-feira, 13 de março de 2009
Bonequinha de Luxo
Para quem conhece o quarto de Betina, ele é cheio de bonecas de pano - enquanto ela não descobre a Barbie aposto nas tradicionais "Emílias" feitas em diferentes lugares do Brasil. Tem da nêga maluca da Bahia à boneca de algodão orgânico da Paraíba. Não me lembro de onde pegui essa imagem mas fiquei apaixonada por essa de trancinha. E a dona, de bailarina? Foooo-faaa!
A Criança terceirizada - dica da semana
O pediatra José Martins Filho, autor de A Criança Terceirizada, avalia os prejuízos causados pela ausência dos pais nos cuidados com os filhos.
(trecho da entrevista com o autor):
Por que está cada vez mais difícil o estabelecimento dos vínculos familiares?
José Martins Filho: Os costumes mudaram rapidamente e a sociedade atual privilegia o individualismo. Do antigo convívio em volta do rádio, as famílias passaram a se organizar ao redor da TV, todos voltados para a tela. Com o computador, as relações familiares se despersonalizam ainda mais. Conheço pais que falam com os filhos por e-mail, estando na mesma casa. A tecnologia e os seus avanços são ótimos, mas não devem substituir o contato pessoal. A supervalorização do consumo, do poder econômico e da fama sem mérito são outras distorções. A mulher é pressionada a ter como prioridade manter-se sexy, bonita e malhada. Com esses valores, por que alguém se sentiria estimulado a doar tempo de sua vida a uma criança? Outro dia, no consultório, uma mãe começou a se queixar das suas obrigações econômicas. "Preciso ganhar dinheiro para manter dois carros e os celulares. Tem o meu e o do meu filho. E as contas são altas!", ela dizia. Não sei se consegui, mas procurei abrir os olhos dessa mãe. Será que vale a pena trocar mais tempo com o filho por um celular? Garanto que o menino precisa mais da presença dela do que de um telefone... Crianças amadas e educadas com a presença sólida dos pais certamente têm mais chances de se tornarem adultos felizes e realizados no futuro.
Dicas do autor para mães que trabalham fora:
Deixe fotos e lembranças que evoquem momentos felizes de convivência estrategicamente colocadas em quarto, sala, próximas do computador. - Escreva bilhetinhos-surpresa reafirmando seu amor. Ponha-os no lanche, no meio do caderno, debaixo do travesseiro. - Coloque no berço do bebê uma peça de roupa com o seu cheiro. - Se viajar, mostre mapas e fotos de onde vai estar e ligue todo dia.
terça-feira, 10 de março de 2009
Ai, que saudade!
terça-feira, 3 de março de 2009
Bebês frutinhas
A cara do Wallace
Bebê Michelin
A grande verdade
Irmãos mais velhos têm um álbum de fotografia completo, um relato minucioso do dia que vieram ao mundo, fios de cabelo e dentes de leite guardados. Já os caçulas penam para achar fotos do primeiro aniversário e mal sabem a circunstâncias em que chegaram na família.
É disso que fala o texto a seguir, que é uma tradução de um e-mail famoso nos Estados Unidos.
O que vestir
1º bebê - Você começa a usar roupas para grávidas assim que o exame dá positivo
2º bebê - Você usa as roupas normais o máximo que puder
3º bebê - As roupas para grávidas SÃO suas roupas normais
Preparação para o nascimento
1º bebê - Você faz exercícios de respiração religiosamente
2º bebê - Você não se preocupa com os exercícios de respiração, afinal lembra que, na última vez, eles não funcionaram
3º bebê - Você pede a anestesia peridural no oitavo mês
O guarda-roupas
1º bebê - Você lava as roupas que ganha para o bebê, arruma de acordo com as cores e dobra delicadamente dentro da gaveta
2º bebê - Você vê se as roupas estão limpas e só descarta aquelas com manchas escuras
3º bebê - Meninos podem usar rosa, né?
Preocupações
1º bebê - Ao menor resmungo do bebê, você corre para pegá-lo no colo
2º bebê - Você pega o bebê no colo quando seus gritos ameaçam acordar o irmão mais velho
3º bebê - Você ensina o mais velho a dar corda no móbile do berço
A chupeta
1º bebê - Se a chupeta cair no chão, você guarda até que possa chegar em casa e fervê-la
2º bebê - Se a chupeta cair no chão, você a lava com o suco do bebê
3º bebê - Se a chupeta cair no chão, você limpa na camiseta e dá novamente ao bebê
Troca de fraldas
1º bebê - Você troca as fraldas a cada hora, mesmo se elas estiverem limpas
2º bebê - Você troca as fraldas a cada duas ou três horas, se necessário
3º bebê - Você tenta trocar a fralda antes que as outras crianças reclamem do mau cheiro
Atividades
1º bebê - Você leva seu filho para as aulas de musicalização para bebês, teatro, contação de história...
2º bebê - Você leva seu filho para as aulas de musicalização para bebês
3º bebê - Você leva seu filho para o supermercado, padaria...
Saídas
1º bebê - A primeira vez que sai sem o seu filho, liga cinco vezes para casa para saber se ele está bem
2º bebê - Quando você está abrindo a porta para sair, lembra de deixar o número de telefone de onde vai estar.
3º bebê - Você manda a babá ligar só se ver sangue
Em casa
1º bebê - Vo cê passa boa parte do dia só olhando para o bebê
2º bebê - Você passa um tempo olhando as crianças só para ter certeza que o mais velho não está apertando, beliscando ou batendo no bebê
3º bebê - Você passa um tempinho se escondendo das crianças
Engolindo moedas
1º bebê - Quando o primeiro filho engole uma moeda, você corre para o hospital e pede um raio-x
2º bebê - Quando o segundo filho engole uma moeda, você fica de olho até ela sair
3º bebê - Quando o terceiro filho engole uma moeda, você desconta da mesada dele
É disso que fala o texto a seguir, que é uma tradução de um e-mail famoso nos Estados Unidos.
O que vestir
1º bebê - Você começa a usar roupas para grávidas assim que o exame dá positivo
2º bebê - Você usa as roupas normais o máximo que puder
3º bebê - As roupas para grávidas SÃO suas roupas normais
Preparação para o nascimento
1º bebê - Você faz exercícios de respiração religiosamente
2º bebê - Você não se preocupa com os exercícios de respiração, afinal lembra que, na última vez, eles não funcionaram
3º bebê - Você pede a anestesia peridural no oitavo mês
O guarda-roupas
1º bebê - Você lava as roupas que ganha para o bebê, arruma de acordo com as cores e dobra delicadamente dentro da gaveta
2º bebê - Você vê se as roupas estão limpas e só descarta aquelas com manchas escuras
3º bebê - Meninos podem usar rosa, né?
Preocupações
1º bebê - Ao menor resmungo do bebê, você corre para pegá-lo no colo
2º bebê - Você pega o bebê no colo quando seus gritos ameaçam acordar o irmão mais velho
3º bebê - Você ensina o mais velho a dar corda no móbile do berço
A chupeta
1º bebê - Se a chupeta cair no chão, você guarda até que possa chegar em casa e fervê-la
2º bebê - Se a chupeta cair no chão, você a lava com o suco do bebê
3º bebê - Se a chupeta cair no chão, você limpa na camiseta e dá novamente ao bebê
Troca de fraldas
1º bebê - Você troca as fraldas a cada hora, mesmo se elas estiverem limpas
2º bebê - Você troca as fraldas a cada duas ou três horas, se necessário
3º bebê - Você tenta trocar a fralda antes que as outras crianças reclamem do mau cheiro
Atividades
1º bebê - Você leva seu filho para as aulas de musicalização para bebês, teatro, contação de história...
2º bebê - Você leva seu filho para as aulas de musicalização para bebês
3º bebê - Você leva seu filho para o supermercado, padaria...
Saídas
1º bebê - A primeira vez que sai sem o seu filho, liga cinco vezes para casa para saber se ele está bem
2º bebê - Quando você está abrindo a porta para sair, lembra de deixar o número de telefone de onde vai estar.
3º bebê - Você manda a babá ligar só se ver sangue
Em casa
1º bebê - Vo cê passa boa parte do dia só olhando para o bebê
2º bebê - Você passa um tempo olhando as crianças só para ter certeza que o mais velho não está apertando, beliscando ou batendo no bebê
3º bebê - Você passa um tempinho se escondendo das crianças
Engolindo moedas
1º bebê - Quando o primeiro filho engole uma moeda, você corre para o hospital e pede um raio-x
2º bebê - Quando o segundo filho engole uma moeda, você fica de olho até ela sair
3º bebê - Quando o terceiro filho engole uma moeda, você desconta da mesada dele
segunda-feira, 2 de março de 2009
Para a fadinha dos dentes
Não temos muito a cultura da fada dos dentinhos mas quem mora fora costuma criar toda uma história para as crianças acreditarem na tal fadinha. Tem gente que investe até em porta-dentinhos pra que ela não os deixe cair no meio da viagem de volta. Aliás, o que será que a fadinha faz com tanto dente? Pano rápido!
Esse é um porta-dentinho de passarinho fofo que achei na Internet e... pedi o link. Fica pra próxima.
Viva a vitamina "S"!!!
Depois de tomar banho na piscina com girinos e ter contato próximo com bichinhos peçonhentos no carnaval Betina já está devidamente imunizada.
Essa matéria do NYT é muito interessante. Vale para todas as mães!
SAÚDE
Ponha a mão suja na boca!
JANE E. BRODY
DO "NEW YORK TIMES"
Se você perguntar às mães por que os bebês costumam apanhar coisas do chão e
colocá-las na boca, é provável que elas respondam que se trata de
instinto -é dessa maneira que eles exploram o mundo que os cerca. Mas por
que a boca, quando a visão, a audição, o tato e o olfato são mais eficientes
na identificação das coisas?
Quando meus filhos eram pequenos e exploravam as ruas do Brooklyn, eu sempre
imaginava que graça eles percebiam em experimentar tijolos moídos ou cocô de
cachorro seco quando costumavam rejeitar meu delicioso purê de batatas.
Já que comportamentos instintivos representam vantagem evolutiva -ou não
teriam sido retidos por milhões de anos-, a probabilidade é que isso também
nos tenha ajudado a sobreviver como espécie. E, de fato, um acúmulo
considerável de indícios parece sugerir que comer sujeira faz bem.
Em estudos sobre o que os cientistas chamam de "hipótese da higiene",
pesquisadores estão concluindo que organismos como os milhões de bactérias,
vírus e especialmente vermes que penetram no corpo em companhia da "sujeira"
promovem o desenvolvimento de um sistema imunológico saudável. Diversos
estudos longos sugerem que vermes podem ajudar a redirecionar um sistema
imunológico que tenha perdido a orientação e, por isso, resultado em doenças
imunológicas, alergias e asma.
Esses estudos, acompanhados por observações epidemiológicas, parecem
explicar por que distúrbios do sistema imunológico como a esclerose
múltipla, o diabetes tipo 1, as doenças inflamatórias dos intestinos, a asma
e as alergias tenham apresentado elevação em sua incidência nos EUA e demais
países desenvolvidos.
"O que uma criança faz ao colocar coisas na boca é permitir que seu
mecanismo de resposta imunológica explore o ambiente que a cerca", afirma
Mary Ruebush, professora de microbiologia e imunologia, em seu novo livro,
"Why Dirt Is Good" [por que a sujeira faz bem].
"Não só isso permite o "treinamento" das respostas imunológicas de que o
corpo precisará para proteção como o processo desempenha papel crucial em
ensinar ao sistema de resposta imunológica sobre sinais que ele deveria
ignorar", afirma.
Um conhecido pesquisador nesse campo, Joel Weinstock, diretor de
gastroenterologia e hepatologia no Centro Médico Tufts, em Boston, diz que o
sistema imunológico, no nascimento, "é como um computador não programado,
que precisa de instrução". Ele afirma que medidas de saúde pública, como
limpar a água e os alimentos contaminados, salvaram incontáveis crianças mas
também "eliminaram a exposição a organismos que provavelmente nos fazem
bem".
"Crianças criadas em um ambiente ultralimpo não estão sendo expostas a
organismos que as ajudam a desenvolver os circuitos regulatórios adequados
em seus sistemas imunológicos", diz. Estudos que ele conduziu em parceria
com David Elliott, gastroenterologista e imunologista da Universidade de
Iowa, nos Estados Unidos, indicam que os vermes intestinais, praticamente
eliminados nos países desenvolvidos, "provavelmente exercem o papel
principal" na regulagem do sistema imunológico para que responda de maneira
apropriada. Ele acrescentou que infecções bacterianas e virais parecem
influenciar o sistema imunológico da mesma maneira, mas não com vigor
comparável.
A maioria dos vermes pode ser considera inofensiva, especialmente para as
pessoas bem nutridas, acredita Weinstock. "Existem muito poucas doenças que
as pessoas apanham dos vermes", disse ele. "Os seres humanos se adaptaram à
presença da maioria deles".
Vermes para a saúde
Em estudos com camundongos, Weinstock e Elliott usaram vermes para prevenir
e reverter doenças do sistema imunológico. Na Argentina, portadores de
esclerose múltipla infectados com o verme tricocéfalo humano apresentaram
menos surtos da doença em um estudo que durou quatro anos e meio.
Na Universidade do Wisconsin, em Madison, o neurologista John Fleming está
testando se o uso da versão porcina do tricocéfalo pode temperar os efeitos
da esclerose múltipla. Em Gâmbia, a erradicação de vermes em algumas aldeias
levou ao surgimento de reações de pele mais intensas a agentes alergênicos
entre as crianças, segundo David Elliott. E os tricocéfalos porcinos, que
residem por curto período no aparelho intestinal humano, também tiveram
"efeitos positivos" no tratamento de doenças do intestino, do mal de Crohn e
da colite ulcerosa.
Para Elliott, a regulagem imunológica é entendida hoje como um processo mais
complexo do que parecia ser o caso no momento em que o epidemiologista
britânico David Strachan introduziu a hipótese da higiene, em 1989. Strachan
notou uma associação entre famílias grandes e uma incidência reduzida de
asma e alergia.
Em resposta à pergunta "será que somos limpos demais?", Elliott responde que
"a sujeira tem seu preço. Mas a limpeza também. Não estamos propondo uma
volta aos ambientes repletos de germes de 1850. Mas se compreendermos
devidamente como os organismos do ambiente nos protegem, talvez possamos
criar uma vacina ou imitar seus efeitos por meio de um estímulo inócuo".
Lave com moderação
Mary Ruebush, apesar de seu livro sobre as vantagens da sujeira, também não
sugere um retorno à imundície. Mas ela lembra que existem bactérias em toda
parte: dentro do nosso corpo, sobre nosso corpo e em tudo o que nos cerca. A
maioria desses micro-organismos não causam problemas, e muitos são
essenciais à boa saúde.
"O ser humano típico abriga cerca de 90 trilhões de micróbios. O fato de ter
tantos micróbios de tipos diferentes é o que o ajuda a se manter saudável na
maioria do tempo", escreveu. Ela deplora o fetiche atual por produtos
antibacterianos que transmitem uma sensação de falsa segurança e podem
fomentar o desenvolvimento de bactérias resistentes a antibióticos e
causadoras de doenças. Limpeza requer apenas água e sabonete comum,
acredita.
"Certamente recomendo lavar as mãos depois de usar o banheiro, antes de
comer, depois de trocar uma fralda, antes e depois de manusear alimentos, e
sempre que elas estiverem visivelmente sujas", escreveu. Weinstock vai mais
longe. "As crianças deveriam ser autorizadas a brincar descalças na terra, e
deveriam ser autorizadas a comer sem lavar as mãos", diz.
Ele e Elliott apontam que crianças criadas em fazendas muitas vezes crescem
expostas a vermes e outros organismos, pelo contato com os animais rurais, e
sua probabilidade de desenvolver alergias e doenças imunológicas é muito
menor.
Igualmente útil, diz ele, "é permitir que as crianças tenham dois cachorros
e um gato", o que as exporá a vermes intestinais capazes de promover o
desenvolvimento de um sistema imunológico saudável.
________________________________
Tradução de PAULO MIGLIACCI
Essa matéria do NYT é muito interessante. Vale para todas as mães!
SAÚDE
Ponha a mão suja na boca!
JANE E. BRODY
DO "NEW YORK TIMES"
Se você perguntar às mães por que os bebês costumam apanhar coisas do chão e
colocá-las na boca, é provável que elas respondam que se trata de
instinto -é dessa maneira que eles exploram o mundo que os cerca. Mas por
que a boca, quando a visão, a audição, o tato e o olfato são mais eficientes
na identificação das coisas?
Quando meus filhos eram pequenos e exploravam as ruas do Brooklyn, eu sempre
imaginava que graça eles percebiam em experimentar tijolos moídos ou cocô de
cachorro seco quando costumavam rejeitar meu delicioso purê de batatas.
Já que comportamentos instintivos representam vantagem evolutiva -ou não
teriam sido retidos por milhões de anos-, a probabilidade é que isso também
nos tenha ajudado a sobreviver como espécie. E, de fato, um acúmulo
considerável de indícios parece sugerir que comer sujeira faz bem.
Em estudos sobre o que os cientistas chamam de "hipótese da higiene",
pesquisadores estão concluindo que organismos como os milhões de bactérias,
vírus e especialmente vermes que penetram no corpo em companhia da "sujeira"
promovem o desenvolvimento de um sistema imunológico saudável. Diversos
estudos longos sugerem que vermes podem ajudar a redirecionar um sistema
imunológico que tenha perdido a orientação e, por isso, resultado em doenças
imunológicas, alergias e asma.
Esses estudos, acompanhados por observações epidemiológicas, parecem
explicar por que distúrbios do sistema imunológico como a esclerose
múltipla, o diabetes tipo 1, as doenças inflamatórias dos intestinos, a asma
e as alergias tenham apresentado elevação em sua incidência nos EUA e demais
países desenvolvidos.
"O que uma criança faz ao colocar coisas na boca é permitir que seu
mecanismo de resposta imunológica explore o ambiente que a cerca", afirma
Mary Ruebush, professora de microbiologia e imunologia, em seu novo livro,
"Why Dirt Is Good" [por que a sujeira faz bem].
"Não só isso permite o "treinamento" das respostas imunológicas de que o
corpo precisará para proteção como o processo desempenha papel crucial em
ensinar ao sistema de resposta imunológica sobre sinais que ele deveria
ignorar", afirma.
Um conhecido pesquisador nesse campo, Joel Weinstock, diretor de
gastroenterologia e hepatologia no Centro Médico Tufts, em Boston, diz que o
sistema imunológico, no nascimento, "é como um computador não programado,
que precisa de instrução". Ele afirma que medidas de saúde pública, como
limpar a água e os alimentos contaminados, salvaram incontáveis crianças mas
também "eliminaram a exposição a organismos que provavelmente nos fazem
bem".
"Crianças criadas em um ambiente ultralimpo não estão sendo expostas a
organismos que as ajudam a desenvolver os circuitos regulatórios adequados
em seus sistemas imunológicos", diz. Estudos que ele conduziu em parceria
com David Elliott, gastroenterologista e imunologista da Universidade de
Iowa, nos Estados Unidos, indicam que os vermes intestinais, praticamente
eliminados nos países desenvolvidos, "provavelmente exercem o papel
principal" na regulagem do sistema imunológico para que responda de maneira
apropriada. Ele acrescentou que infecções bacterianas e virais parecem
influenciar o sistema imunológico da mesma maneira, mas não com vigor
comparável.
A maioria dos vermes pode ser considera inofensiva, especialmente para as
pessoas bem nutridas, acredita Weinstock. "Existem muito poucas doenças que
as pessoas apanham dos vermes", disse ele. "Os seres humanos se adaptaram à
presença da maioria deles".
Vermes para a saúde
Em estudos com camundongos, Weinstock e Elliott usaram vermes para prevenir
e reverter doenças do sistema imunológico. Na Argentina, portadores de
esclerose múltipla infectados com o verme tricocéfalo humano apresentaram
menos surtos da doença em um estudo que durou quatro anos e meio.
Na Universidade do Wisconsin, em Madison, o neurologista John Fleming está
testando se o uso da versão porcina do tricocéfalo pode temperar os efeitos
da esclerose múltipla. Em Gâmbia, a erradicação de vermes em algumas aldeias
levou ao surgimento de reações de pele mais intensas a agentes alergênicos
entre as crianças, segundo David Elliott. E os tricocéfalos porcinos, que
residem por curto período no aparelho intestinal humano, também tiveram
"efeitos positivos" no tratamento de doenças do intestino, do mal de Crohn e
da colite ulcerosa.
Para Elliott, a regulagem imunológica é entendida hoje como um processo mais
complexo do que parecia ser o caso no momento em que o epidemiologista
britânico David Strachan introduziu a hipótese da higiene, em 1989. Strachan
notou uma associação entre famílias grandes e uma incidência reduzida de
asma e alergia.
Em resposta à pergunta "será que somos limpos demais?", Elliott responde que
"a sujeira tem seu preço. Mas a limpeza também. Não estamos propondo uma
volta aos ambientes repletos de germes de 1850. Mas se compreendermos
devidamente como os organismos do ambiente nos protegem, talvez possamos
criar uma vacina ou imitar seus efeitos por meio de um estímulo inócuo".
Lave com moderação
Mary Ruebush, apesar de seu livro sobre as vantagens da sujeira, também não
sugere um retorno à imundície. Mas ela lembra que existem bactérias em toda
parte: dentro do nosso corpo, sobre nosso corpo e em tudo o que nos cerca. A
maioria desses micro-organismos não causam problemas, e muitos são
essenciais à boa saúde.
"O ser humano típico abriga cerca de 90 trilhões de micróbios. O fato de ter
tantos micróbios de tipos diferentes é o que o ajuda a se manter saudável na
maioria do tempo", escreveu. Ela deplora o fetiche atual por produtos
antibacterianos que transmitem uma sensação de falsa segurança e podem
fomentar o desenvolvimento de bactérias resistentes a antibióticos e
causadoras de doenças. Limpeza requer apenas água e sabonete comum,
acredita.
"Certamente recomendo lavar as mãos depois de usar o banheiro, antes de
comer, depois de trocar uma fralda, antes e depois de manusear alimentos, e
sempre que elas estiverem visivelmente sujas", escreveu. Weinstock vai mais
longe. "As crianças deveriam ser autorizadas a brincar descalças na terra, e
deveriam ser autorizadas a comer sem lavar as mãos", diz.
Ele e Elliott apontam que crianças criadas em fazendas muitas vezes crescem
expostas a vermes e outros organismos, pelo contato com os animais rurais, e
sua probabilidade de desenvolver alergias e doenças imunológicas é muito
menor.
Igualmente útil, diz ele, "é permitir que as crianças tenham dois cachorros
e um gato", o que as exporá a vermes intestinais capazes de promover o
desenvolvimento de um sistema imunológico saudável.
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Tradução de PAULO MIGLIACCI
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