segunda-feira, 11 de maio de 2009

Imperdível!





Dia das mães é aquele dia de perrengue: geralmente a família marca de almoçar naquele restaurante badalado. A gente já vai sabendo que não vai ter lugar. Horas na fila. Barriga roncando. Gremilin da fome gritando dentro de você. Garçons correndo de um lado pro outro pra atender todo mundo, crianças berrando, ninguém consegue conversar direito. Pois esse ano, como mãe, decidi que merecia um programa mais que especial. Assim, desde o sábado, já avisava que a comemoração seria vermos, todos juntos (eu, Vinícius e Betina, a nossa pequena grande família) à exposição dos Gêmeos, no CCBB. No domingo, acordamos cedo e saímos em missão  pro centro da cidade - não sem antes ganhar um cordão lindo de poá e pingente colorido com direito a cartão com impressão digital da minha filha. O centro estava assustadoramente vazio e nós, com Betina no carrinho, atravessando a Rio Branco deserta, parecíamos uma miragem.
Lá mesmo, na livraria, tomamos um café com direito a bolo de laranja e croissant e subimos pra conferir "Vertigem", a exposição interativa com obras dos irmãos Gustavo e Otávio Pandolfo, grafiteiros que já são referência nessa arte em todo o mundo. Betina, que começou a andar essa semana, já entrou na sala encantada. Não tanto com as obras mas com o enorme espaço só pra ela. Andou, engatinhou, deitou e rolou no chão. Pinto no lixo. As obras, feitas em madeira, algumas em instalação com luzes, sons e efeitos, saltavam diante dos nossos olhos. Os retratos de personagens do nosso cotidiano cosmopolita com detalhes que lembram o estilo Bosh (mistura de gente e bicho num mesmo corpo/quadro) são mesmo impressionantes. A essa altura Betina já estava brincando com um teclado no chão enquanto o pai tirava um som de uma bateria (é interativa, lembram?). Nos corredores vazios do CCBB encontramos a Mirna, amiga querida, com o marido e os dois filhos. Ela também havia pedido, ou quase intimado, a família toda a levá-la, no seu dia, para a exposição. Depois de aproveitar e passar também pela exposição permanente sobre a história do dinheiro no Brasil, fomos embora felizes da vida. No carro, enquanto Vinícius comentava radiante que além de tudo só tinha gasto "20 reais" com o café e Betina vidrava nos carros do lado de fora, eu prometia pra mim mesma que não esperaria o próximo dia das mães pra fazer um programa como esse.


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