domingo, 16 de agosto de 2009

Pipoca de Microondas

Se tem uma coisa que faço questão desde que minha filha nasceu é colocá-la pra dormir. A gente trabalha tanto, passa o dia fora que o tempo que tem quer ficar com os filhotes ao máximo. Eu tento ficar até o último segundo, quando ela adormece. Quando a levo pro berço, depois de botar o pijaminha, tomar o "gagau"e escovar os poucos dentinhos que tem - nem sempre nessa ordem -, fico prestando atenção nesse processo que é pagar no sono. Eles lutam contra o sono até não poderem mais. É como aquela pipoca de microondas. No pacote diz: "quando ficar mais de cinco segundos sem estourar desligue o microondas". É mais ou menos assim. Eles deitam no berço, vc faz um cafuné e eles ficam imóveis. 1, 2, 3... dormiu. Ops, abriu o olhão te procurando. Você diz "mamãe ta aqui, ta tudo bem, dorme filha". Ela dá aquele sorriso moribundo e vira pro lado. Você conta; 1, 2, 3, 4... e quando já está saindo pé ante pé ela, numa fração de segundo, fica em pé no berço. Você volta e pede, em tom quase de súplica, pra ela deitar e dormir. 1, 2, 3, 4, 5. piii-piii-piii. Dormiu. É nessa hora que saio do quarto sempre achando que ouvi, atrás de mim, mais um estourinho de pipoca.
PS: Antes que alguém pergunte, li sim as bíblias "Nana Neném" e "Encantadora de Bebês" e passei por aquele momento em que a gente tem que deixar a criança chorar por minutos a fio (Betina chorou durante 45 minutos durante duas madrugadas) pra que ela possa aprender a noite inteira. E ela dorme, de fato, a noite inteira. Mas esse chamego, de botá-la pra dormir, não deixo de fazer não. Aliás, não vejo a hora de começar a ler historinhas pra ela dormir. Ou melhor, criar nossas próprias historinhas. Afinal, a mãe dela vive mesmo disso, né?




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