Texto de Flavinha Q, arquiteta, mãe de Olívia (não resisti e publiquei...)
Ai, Dora, sabe que eu nao me identifico nem um pouco com essa frase de amor incondicional não? Sei lá, ser filho em si ja é uma condição e daquelas brabas, que impõem muitas condições.Tipo é muito doido, porque todas as pessoas falam que eu sou uma super mãe, super orgulhosa, babona e tal, super dedicada... mas a verdade é que eu vou olhando e vou fazendo, não fico muito sentindo amor não. As vezes eu até tenho vontade de esganar a minha filha e me pergunto como consigo aguentar tanto, mas ainda assim, eu não consigo desisitir.Acho que a parada estranha dessa relação é isso: Como você pode fazer tanto por outra pessoa? E por que?Eu sinto a minha filha como se fosse uma parte do meu corpo, tipo um braço, sei lá.Eu não fico pensando se eu amo ela ou não, eu apenas vejo que não existe a minha vida sem ela. Eu acho que o amor de mãe é vital. Amamos porque precisamos do nosso braço pra comer e continuar vivas.Mas, no fundo no fundo, a expressão perfeita pra mim é "amor instintivo", porque é por instinto que sobrevivemos.Não tem como escolher não amar um filho. É uma coisa que vem de dentro, sem a gente sentir e por isso não sabemos explicar. A coisa vai acontecendo descontroladamente.Na verdade, boa pensadora que é, acho que você tambem já chegou a esta conclusão ("Vem no chip da gente"), provavelmente é que a "Boa Jornalista" está muito ocupada sendo boa mae!Eu não sei se consegui explicar direito aqui o que gostaria e espero nao ter passado a impressão errada de que filhos são um fardo.BeijosFlavia (mãe do braço mais lindo do mundo!)
12 de Outubro de 2008 20:50
12 de Outubro de 2008 20:50
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