Rede solidária - vamos nessa!

A Mari Kapps, amiga, diretora, gente que rala, ta lançando uma comunidade para amigas e amigas de amigas trocarem roupitchas e coisinhas de bebês e de grávidas. A segui o texto que ela escreveu sobre a experiência da maternidade e a importância da troca entre as mães. Eu já to dentríssimo!
Na foto Mari e seu baby.

Meu patrão tem 50 centímetros!

Sei que Getúlio Vargas é uma figura polêmica na história do Brasil mas confesso que tenho vontade de acender uma vela para este homem que sancionou em 1943 a lei 5.452. O artigo 392 diz que “a empregada gestante tem direito a licença-maternidade de 120 dias sem prejuízo do emprego e do salário”. Como atualmente tenho o privilégio de receber meu salário para cuidar do meu bebê isto significa que meu filho é meu patrão. Faço tudo para não ser demitida por este ser de 50 cm apesar de volta e meia rolar uma fralda vencida, uma roupinha golfada que demora a ser trocada ou um protesto significativo até a abertura do restaurante 24 horas.
Muitas mães me falaram que eu não ia mais conseguir almoçar, tomar banho, ir ao banheiro, escovar os dentes, pentear o cabelo etc. Pois confesso que tomo 2 banhos por dia (daqueles demorados, escutando MPB FM ) este é meu melhor momento de prazer individual ultimamente já que não posso comer chocolate pois dá cólica no bebê (bem que podia ser alface ou chuchu em vez de chocolate!).
Tenho seguido a risca o conselho de todas as aeromoças e aerovelhas que já encontrei pelo caminho – Em caso de emergência coloque a máscara de oxigênio primeiro em você e depois na criança ou em quem estiver precisando de ajuda. Considerando que acordar a noite de 2 em 2 horas é um caso de emergência, eu coloco a máscara primeiro em mim para poder estar limpa, cheirosa, saudável, bem alimentada e feliz para cuidar do meu filho. Não posso deixar de citar a parceria com o pai que é imprescindível – nas horas em que eu estou completamente exausta ( principalmente às 8 da manhã ) assim que o patrão acaba de mamar eu entrego para o pai e falo vai que é teu – precisa do serviço completo: arrotar, trocar fralda, roupa e colocar para dormir. Como citou uma das autoras da série Mothern : - Se você tem um marido que não troca fraldas, é melhor trocar de marido.
Outra coisa imprescindível é a infraestrutura. Nós, por exemplo, recebemos inúmeros doações e empréstimos fundamentais nesta jornada: cômoda, babá eletrônica, bolsas, carrinhos, roupas para vestir (para o bebê e para a ex-grávida), roupas de cama – muitas foram feitas por mulheres super prendadas com muito carinho -cinta, sling que é uma rede sensacional-, poltrona, banheira, berço para viagem, almofadão para amamentar, cadeirinha treme-treme, “cabana de diversões” enfim...para retribuir esta rede de solidariedade quero criar uma rede de empréstimos e doações. O “ponto de encontro” vai ser o site www.bairrodaslaranjeiras.com.br . Vou reunir pessoas que vão ter filhos e pessoas que tiveram filhos recentemente dispostas a doar e ou emprestar itens como os que estou tendo o privilégio de usufruir.
Por favor repassem este e-mail para os conhecidos. O interessados em fazer parte da rede para doar, emprestar ou quiser doações e empréstimos favor escrever para marianakapps@yahoo.com.br e colocar no assunto o título Rede Bebê.
Um abraço,
Mariana.